14 de janeiro de 2015

Questão Enem | Vestibular - Rosa de Hiroshima

Imagem: Google

Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada


(Obra poética - Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar.)

Levante hipóteses: O que vem a ser a "rosa de Hiroshima"?

a) Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
b) Ditadura militar brasileira (1964-1985)
c) Ditadura Vargas (1930-1945)
d) A bomba atômica, que eclodiu durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
e) Teoria da relatividade de Einstein



Gabarito: Alternativa D. 

7 de janeiro de 2015

Atividade de leitura - O jornal e suas metamorfoses

O jornal e suas metamorfoses 

Um senhor pega um bonde depois de comprar o jornal e pô-lo debaixo do braço. Meia hora depois, desce com o mesmo jornal debaixo do mesmo braço. Mas já não é o mesmo jornal, agora é um monte de folhas impressas que o senhor abandona num banco de praça. Mal fica sozinho na praça, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal, até que um rapaz o descobre, o lê, e o deixa transformado num monte de folhas impressas. Mal fica sozinho no banco, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal, até que uma velha o encontra, o lê e o deixa transformado num monte de folhas impressas. Depois, leva o para casa e, no caminho, aproveita-o para embrulhar um molho de celga, que é para o que servem os jornais depois dessas excitantes metamorfoses. 

CORTÁZAR, Julio. Histórias de Cronópios e de Famas. Rio de Janeiro. Ed., Civilização Brasileira, 1977.
Glossário: celga – Também chamada de acelga. Uma planta, hortaliça. Cronópios - São pessoas alegres, sonhadoras, criativas, e por essas características acabam por viver poeticamente o mundo fazer um blog

1. Quem é a personagem principal do conto e o que há de inusitado em relação a isso?
2. Ao longo do conto, o que é que faz o jornal transformar-se em folhas impressas e depois transforma-se novamente em jornal?
3. Por que o narrador afirma ser esse processo de uso e desuso do jornal uma "excitante metamorfose"?
4. O jornal é um veículo de informação fundamental na vida contemporânea. Depois de passar por vários leitores, ele encontra seu fim como um objeto para embrulhar verdura. O que, portanto, confere a ele o seu valor ou, inversamente, o torna desimportante?

5 de janeiro de 2015

Exercícios sobre frase, oração e período | 7.º ano

1. Leia a tira.



a) Nessa tira, temos exemplos de frases sem verbo e de orações. Identifique-as.
b) Que locução verbal foi usada em uma das orações da tira? Identifique o verbo principal e o verbo auxiliar dessa locução.


2. Assinale o período que tem apenas uma oração.

a) O cachorro brincava com as pessoas, mas não se afastava da esquina.
b) Quando o jovem apontava lá longe, o cãozinho saía correndo ao seu encontro.
c) A noiva acabou casando-se com um primo.
d) O tempo passou e as pessoas se esqueceram do jovem.

3. Sublinhe os verbos e as locuções verbais e separe com um traço as orações dos períodos compostos apresentados a seguir.

a) "Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro [...]."
b) "O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança."
c) "Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro [...]." 

4 de janeiro de 2015

Interpretação de Texto Adolescência - Discurso

Os textos a seguir apresentam características do adolescente. O primeiro é um poema, no qual o eu lírico descreve como é o adolescente e seu modo de viver. O segundo está em prosa e constitui um trecho de uma reportagem que expõe o comportamento e o jeito de ser dos jovens na sociedade contemporânea. 
(GABARITO: solicitar nos comentários ou e-mail.)

Texto 1

Estação primavera

Esta não é plataforma de embarque
porque a viagem começa bem antes, 
mas é a primeira estação de passagem
para a descoberta final de si mesmo.

Interpretação de Texto Consumismo e Discurso

Leia os dois textos a seguir, que abordam o mesmo tema.
(GABARITO: solicitar nos comentários ou e-mail.)

Texto 1


VIVER BEM COM POUCO 
Foi-se a era de esbanjar e ostentar. A nova ordem global impõe consumir com parcimônia e priorizar a recompensa emocional

No início do século XIX, quando a economia dos Estados Unidos ainda engatinhava em direção ao que viria a ser a maior nação capitalista do planeta, o escritor americano Henry David Thoreau (1817-1862) já questionava o consumismo desenfreado que tomara conta de seus conterrâneos.

Desiludido com os rumos da “terra das oportunidades”, Thoreau trocou a vida na cidade por uma experiência de dois anos na Floresta de Walden, em Massachusetts. Em plena expansão da economia capitalista, ele buscava a simplicidade de viver em harmonia com a natureza. Nascia ali uma das primeiras vozes modernas a pregar a frugalidade. “Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, escreveu Thoreau no livro Walden, a vida nos bosques, obra em que ele relata seu período como eremita.

Quase 150 anos depois, o despojamento perseguido por Thoreau parece enfim estar na moda – inclusive no Brasil. Ele é motivado, em parte, pela crise financeira mundial. A atual escassez de crédito pode encerrar o ciclo de esbanjamento dos últimos anos e dar início a uma nova era de austeridade. Antes do estouro da bolha forçar um basta à extravagância, porém, outros filósofos do cotidiano se propunham a recuperar e atualizar teorias parecidas com as de Thoreau – e também com as de clássicos como os gregos Aristófanes e Epicuro. São ideias que propõem uma revisão radical das escolhas e dos hábitos de consumo. No lugar da gastança, o comedimento. “A frugalidade é uma maneira de recuperarmos coisas imateriais importantes que haviam sido perdidas: tempo, saúde e felicidade”, disse a ÉPOCA o escritor e documentarista americano John de Graaf, autor do livro Affluenza: the all-consuming epidemic (algo como A epidemia do consumo total), ainda sem previsão de lançamento no Brasil. Affluenza é um trocadilho criado a partir de influenza, nome inglês do vírus causador da gripe. Segundo Graaf, o consumo também seria uma doença, caracterizada por “sintomas de ansiedade, dívidas e desperdício”.


VERA, Andres; MASSON, Celso; VICÁRIA, Luciana. 
Época, 31 dez. 2008. (Fragmento)