21 de abril de 2019

TIRINHAS - exercícios diversos (gabarito)



GABARITO

1.
a) A xícara e a garrafa térmica sugerem que a personagem esperava encontrar café.
b) O que possibilitou sua criação foi a associação do sufixo -al, formador de adjetivos, ao substantivo torneira, aproximando a palavra do adjetivo mineral, comumente associado ao substantivo água.
c) Porque a personagem feminina, com a palavra torneiral, não apenas informa que o café foi substituído pela água, mas também que se trata de água da torneira, mais barata do que a mineral.
d) Trata-se de um adjetivo. Enunciada em resposta à frase "Água?!" dita pela personagem masculina, a palavra atua como um modificador do substantivo água.

2. 
a) Elementos do mundo virtual, como sites e e-mails, são representados como objetos concretos (uma casa para o primeiro e envelopes para o segundo). A expressão "chuvinha de e-mails" também é usada tanto em sentido figurado, indicando que a personagem recebe mensagens eletrônicas sem parar, quanto literal. sendo representada pictoricamente por envelopinhos caindo do céu.
b) As falas das personagens remetem aos interrogatórios policiais de filmes desse gênero. A vítima da agressão descreve os agressores e as circunstâncias em que a infração ocorreu. O investigador procura pistas que possam levá-lo aos suspeitos.
c) É todo dia esta chuvinha de e-mails. É esta chuvinha de e-mails todo dia. Não há mudança significativa de sentido com o deslocamento da locução adverbial de tempo. Observe que a mudança de ordem sem que a oração se torne agramatical só é possível se os sintagmas "todo dia" e "esta chuvinha de e-mails" não forem quebrados.
d) Sujeito inexistente. Nessa oração. o verbo ser é impessoal. Observe que. na oração sem sujeito. todo o enunciado corresponde ao predicado.

3. 
a) A tira mostra um cenário com uma série de elementos que costumam representar a alegria: arco-íris. borboletas. campo. flores e árvores com fruta. Sem cores e diante das expressões tristes das personagens. esse cenário ganha ar patético, triste.
b) Metalinguagem é a linguagem que descreve ou fala sobre si mesma. A metalinguagem se manifesta na remissão que as personagens fazem à própria tira em que estão inseridas.
c) O sujeito do verbo reparou é determinado oculto. Por meio da desinência de número e pessoa do verbo é possível identificar o sujeito você. que se refere ao interlocutor da personagem que está falando. Já o sujeito do verbo roubaram é indeterminado. porque não é possível identificar quem realizou essa ação.

4. 
a) O reencontro de dois conhecidos que há muito tempo não se viam desencadeia uma reação de grande entusiasmo; aos poucos, no entanto, eles percebem que não há laços afetivos que justifiquem tal reação.
b) Os dois quadrinhos mostram a situação de embaraço dos interlocutores, que não têm absolutamente nenhum assunto para conversar ou interesse recíproco. De um quadrinho para o outro, a única mudança que se observa é o desaparecimento do sorriso de ambos, o que representa bem a percepção gradual de falta de afinidade entre eles.
c) A oração não tem sujeito, pois o verbo empregado é impessoal.
d) O verbo haver, nesse caso, indica tempo decorrido.
e) Havia/Houve muitas razões para termos perdido o contato. Perceba que o verbo haver, nessa oração, não está concordando com nenhum outro termo, portanto mantém sua conjugação na terceira pessoa do singular.
f) O verbo foi empregado com o sentido de "existir". Existem/Existiram muitas razões para termos perdido o contato. O verbo haver também é impessoal nesse caso.

5. 
a) O plano da realidade - em que Calvin está escondido atrás do sofá por ter bagunçado a cozinha - e o plano da imaginação de Calvin - em que se vê como um camaleão escondido em uma floresta.
b) 
> Estado: "O camaleão permanece imóvel". Ação: "[...] ele muda de cor [...]".
> "permanece imóvel"; "muda de cor".

6.
a) O anjo parece ser o mensageiro de alguém que questiona Deus sobre a motivação de algumas de suas criações. O substantivo coletivo pessoal dá a entender que se trata de um grupo de pessoas, o que poderia ser compreendido como a humanidade, por exemplo.
b) "O pessoal quer saber [...]" - embora a palavra pessoal faça referência a uma coletividade, trata-se de substantivo masculino singular; portanto, a locução verbal concorda nesse mesmo número. "[...] o Senhor criou as baratas" - embora o pronome de tratamento remeta ao interlocutor (segunda pessoa), é um pronome de terceira pessoa do singular, o que justifica a concordância verbal nesse número.
c) Porque Deus não precisaria dar explicações a respeito da sua criação. A atitude impaciente de Deus revela que ele já foi questionado outras vezes e, mesmo assim, ainda se propõe a justificar-se.
d) O fato de o anjo coçar a cabeça ao perguntar sobre os piolhos, indicando ser vítima deles (e não entender sua utilidade para o Universo), dá a entender ser ele o autor das perguntas. É engraçado o fato de o anjo criar pretextos para dirigir seus questionamentos a Deus. Ele não quer ficar sem resposta, mas também não se sente à vontade de assumir as perguntas como suas, dando a impressão de ser apenas um mensageiro.

7. 
a) O pássaro macho dá a entender que sua memória, inteligência, sentido de direção, etc. são tudo de que ele precisa para viajar tranquilo.
b) Porque ela sugere, com sua resposta, que o marido é um "cabeça-oca" (é abobalhado, fútil).
c) "[...] que eu preciso". O pronome relativo que.
d) Porque o verbo precisar é transitivo indireto regido pela preposição de; assim, o pronome relativo que deveria ser antecedido pela preposição de. No entanto, a construção retrata um falar típico das situações informais de uso da língua, sendo, portanto adequada à tira.
e) Tudo de que eu preciso está bem aqui. O pronome o, presente na fala original da personagem, tem função anafórica, ou seja, retoma e enfatiza o pronome indefinido tudo.