Em grande parte dos projetos de Médicos Sem Fronteiras (MSF) oferecemos tratamento para pessoas com desnutrição, doença relacionada à metade das mortes de crianças com menos de 5 anos de idade. Ela ainda é a maior ameaça à saúde pública mundial. Em 2018, o número de crianças com desnutrição chegou a 198 milhões*. Por trás dessa estatística há vidas em risco, crianças que podem desenvolver sequelas graves e irremediáveis. Vemos esse padrão se repetindo em 2019. Precisamos continuar trabalhando para salvar vidas.
Milhares de famílias têm sido obrigadas a se deslocar para fugir de conflitos e outras formas de violência. Com isso, comunidades inteiras recebem educação insuficiente, seguem práticas alimentares inadequadas e dependem de sistemas de saúde precários.
A desnutrição é uma doença diretamente relacionada à pobreza, que pode ser evitada e tratada. Ela aumenta a frequência e a gravidade de outras enfermidades comuns da infância, criando um ciclo potencialmente mortal: a infecção que se instala agrava o estado nutricional da criança que, enfraquecida, piora ainda mais. Além disso, nos primeiros 1 000 dias de vida, a desnutrição pode causar atraso no crescimento e no desenvolvimento. Tudo isso pode comprometer, por toda a vida, a saúde e a capacidade cognitiva do paciente, prejudicando o seu desempenho na escola e no trabalho. Deixar de oferecer tratamento para a desnutrição ajuda a perpetuar a situação de vulnerabilidade de populações inteiras, especialmente as que são continuadamente atingidas pela doença.
Você é nosso(a) Doador(a) Sem Fronteiras e sei que podemos contar com a sua ajuda para enfrentar a desnutrição e muitos outros desafios que afetam populações inteiras pelo mundo. Não podemos permitir que crianças continuem a morrer ou a ficar com limitações críticas para toda a vida por falta de acesso ou cuidados básicos de saúde. Por isso, peço que faça uma doação especial para MSF. Pague o boleto bancário anexo, em qualquer banco ou pela internet, indicando o valor que deseja doar.
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Enquanto você lê esta mensagem, nossos profissionais estão salvando vidas em mais de 70 países. E tudo o que conseguimos fazer, a cada dia, só é possível porque podemos contar com a ajuda de pessoas especiais e comprometidas com o nosso trabalho como você. Muito obrigada.
Agradeço imensamente o seu apoio constante e desejo um feliz e próspero 2020.
Ana de Lemos
Diretora-executiva
Médicos Sem Fronteiras Brasil
P.S.: por favor, faça uma doação especial e ajude MSF a continuar salvando vidas em emergências médicas e crises humanitárias ao redor do mundo. Pague o boleto anexo em qualquer banco ou pela internet, indicando o valor que deseja doar. Se preferir, ligue para 4004-5545 (capitais e áreas metropolitanas) ou 0800 940 3585 (demais localidades, de qualquer telefone fixo).
LEMOS, Ana de. Médicos Sem Fronteiras Brasil. Rio de Janeiro, outubro de 2019.
Desnutrição: nutrição ausente ou abaixo do necessário.
Estatística: análise e comparação de dados.
Irremediável: sem solução.
Padrão: modelo a ser reproduzido.
Sequela: consequência de uma doença.
Capacidade cognitiva: capacidade de aprender.
Migratório: referente a pessoas que se mudam de um local para outro.
Perpetuação: continuação.
Vulnerabilidade: fragilidade.
1. Pensando na estrutura de uma carta, responda às perguntas a seguir.
a) Qual é o local e a data em que a carta de solicitação foi escrita?
b) Quem é o remetente da carta, ou seja, quem a escreveu?
c) Quem é o destinatário da carta de solicitação?
d) O que diz a saudação inicial?
e) O que é dito na despedida?
2. De que modo o deslocamento de famílias que fogem de conflitos e de outras formas de violência impacta diretamente a desnutrição?
3. Além de agradecer o apoio do(a) doador(a) ao trabalho do MSF, a remetente faz uma solicitação.
a) Qual é essa solicitação?
b) Qual é a finalidade dessa solicitação?
c) Para reforçar e embasar a solicitação, a remetente apresenta um forte argumento, ou seja, ela expõe o motivo de sua solicitação. Que argumento é esse?
4. Na carta de solicitação lida, há o emprego do registro formal ou informal? Justifique sua resposta com um exemplo do texto.
5. Na carta de solicitação, o remetente fez uso da sigla “P.S.” com o objetivo de:
( ) reforçar uma informação já apresentada.
( ) apresentar uma nova informação.
A sigla “P.S.”, do latim Post Scriptum, significa “pós-escrito” ou “depois de escrito”. Geralmente, essa sigla é usada para mencionar informações consideradas importantes, mas que não foram escritas anteriormente.
› Entenda que a tese é a opinião defendida sobre determinado assunto.
› Pense nos argumentos como as razões dadas para tentar convencer o interlocutor a aderir à opinião defendida.
› Relacione os problemas apontados na carta com suas possíveis soluções.
6. Grande parte dos projetos de Médicos Sem Fronteiras (MSF) oferece tratamento para pessoas com desnutrição. A principal razão para a autora da carta afirmar “Precisamos continuar trabalhando para salvar vidas” é o fato de essa doença:
(A) estar relacionada à metade das mortes de crianças com menos de 5 anos.
(B) ainda ser a maior ameaça à saúde pública mundial.
(C) ter atingido 198 milhões de crianças.
(D) poder desenvolver sequelas graves e irremediáveis em crianças.
7. A desnutrição cria um ciclo potencialmente mortal porque:
(A) está diretamente relacionada à pobreza.
(B) não pode ser evitada nem tratada.
(C) faz o estado nutricional da criança se complicar.
(D) compromete a capacidade cognitiva do paciente.
8. A argumentação de que, em 2019, ainda mais crianças ficaram expostas à desnutrição com o agravamento da crise migratória procura defender a ideia de que:
(A) o trabalho de MSF não foi suficiente em 2018.
(B) é preciso fazer ainda mais do que já foi feito.
(C) o apoio dado à MSF em 2018 não foi suficiente.
(D) isso deveria ser inadmissível em 2020.
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