11 de agosto de 2016

Exercício sobre elipse


Leia o parágrafo abaixo e localize os casos de elipse. Não será difícil perceber sua funcionalidade (economia de meios) na construção do trecho: 

Por que a torrada cai de ponta-cabeça? 

Parece perseguição do azar: quando escapa da mão, um pedaço de pão ou torrada sempre aterrissa com a manteiga voltada para baixo. Mas, segundo o físico Robert Matthews, da Universidade de Aston, em Birmingham, na Inglaterra, o inevitável acidente não é obra do destino, mas resultado da ação da força de gravidade. Depois de passar dias criando e resolvendo complicadas equações, ele chegou à conclusão de que a manteiga sempre vai de encontro ao chão simplesmente porque a torrada não tem tempo, durante a queda, de se virar para cima. Quando escorrega de uma mesa de altura média (cerca de 80 centímetros), ela começa a girar no ar. Daí para a frente, o movimento segue o mesmo sentido, ao longo da queda. Para não cair de cabeça para baixo, a torrada teria de dar uma volta bem grande em torno de si mesma, ou seja, percorrer cerca de 270 graus, voltando a face amanteigada para cima. Mas, no final dos 80 centímetros da viagem, ela não tem tempo para isso. Matthews fez os cálculos e concluiu: se não quiser manchar o tapete, melhor comer sua torrada no alto de uma escada. 

(Superinteressante, ed. 97. São Paulo: Abril, out.1995.)


Gabarito:

Por que a torrada cai de ponta-cabeça? 

Parece perseguição do azar: quando [um pedaço de pão ou torrada] escapa da mão, um pedaço de pão ou torrada sempre aterrissa com a manteiga voltada para baixo. Mas, segundo o físico Robert Matthews, da Universidade de Aston, em Birmingham, na Inglaterra, o inevitável acidente não é obra do destino, mas [é] resultado da ação da força de gravidade. Depois de passar dias criando e resolvendo complicadas equações, ele chegou à conclusão de que a manteiga sempre vai de encontro ao chão simplesmente porque a torrada não tem tempo, durante a queda, de se virar para cima. Quando [a torrada] escorrega de uma mesa de altura média (cerca de 80 centímetros), ela começa a girar no ar. Daí para a frente, o movimento segue o mesmo sentido, ao longo da queda. Para [a torrada] não cair de cabeça para baixo, a torrada teria de dar uma volta bem grande em torno de si mesma, ou seja, percorrer cerca de 270 graus, voltando a face amanteigada para cima. Mas, no final dos 80 centímetros da viagem, ela não tem tempo para isso. Matthews fez os cálculos e [Matthew] concluiu: se [você] não quiser manchar o tapete, melhor [você] comer sua torrada no alto de uma escada. 

(Superinteressante, ed. 97, São Paulo: Editora Abril, out. 1995.)