A antítese, a antífrase e o paradoxo são figuras de linguagem que têm por princípio a oposição de sentidos.
A antítese ocorre quando se colocam em paralelo dois ou mais termos de sentidos opostos. Em geral é empregada para dar destaque a uma diferença. Exemplo: quando o autor coloca várias ideias opostas juntas ("bom e ruim", "bem e mal") estabelecendo relações entre elas.
Se essas ideias opostas são empregadas de modo que uma sirva para definir ou explicar a outra, temos o paradoxo (também chamado oxímoro). É o que ocorre nestes famosos versos de um soneto de Camões:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
Luís de Camões. Lírica. São Paulo: Cultrix, 1997.
A antífrase ocorre quando o enunciador dá a entender o contrário do que disse. O efeito de sentido mais comum da antífrase é a ironia. Observe um exemplo:
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No segundo quadrinho da tira, a expressão de desagrado da personagem evidencia a contradição entre as palavras (aparentemente elogiosas) e o que se quer fazer entender por elas. É um exemplo de antífrase.
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