25 de julho de 2016

Questões de português Enem e vestibulares

1. (Enem) 
Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o resultado das condições de alimentação, habitação, educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços médicos e acesso à atividade física regular. Quanto ao acesso à atividade física, um dos elementos essenciais é a aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa utilizar seu corpo - incluindo músculos, esqueleto, coração, enfim, todas as partes -, de forma eficiente em suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde de uma pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta. A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem boa aptidão física quando 

a) apresenta uma postura regular. 
b) pode se exercitar por períodos curtos de tempo. 
c) pode desenvolver as atividades físicas do dia a dia, independentemente de sua idade. 
d) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor, atenção e uma fadiga de moderada a intensa. 
e) pode exercer atividades físicas no final do dia, mas suas reservas de energia são insuficientes para atividades intelectuais. 

2. (Enem) 
Diferentemente do texto escrito, que em geral compele os leitores a lerem numa onda linear - da esquerda para a direita e de cima para baixo, na página impressa - hipertextos encorajam os leitores a moverem-se de um bloco de texto a outro, rapidamente e não sequencialmente. Considerando que o hipertexto oferece uma multiplicidade de caminhos a seguir, podendo ainda o leitor incorporar seus caminhos e suas decisões como novos caminhos, inserindo informações novas, o leitor-navegador passa a ter um papel mais ativo e uma oportunidade diferente da de um leitor de texto impresso. Dificilmente dois leitores de hipertextos farão os mesmos caminhos e tomarão as mesmas decisões. 

MARCUSCHI, L. A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio: Lucerna, 2007. 

No que diz respeito à relação entre o hipertexto e o conhecimento por ele produzido, o texto apresentado deixa claro que o hipertexto muda a noção tradicional de autoria, porque 

a) é o leitor que constrói a versão final do texto. 
b) o autor detém o controle absoluto do que escreve. 
c) aclara os limites entre o leitor e o autor. 
d) propicia um evento textual-interativo em que apenas o autor é ativo. 
e) só o autor conhece o que eletronicamente se dispõe para o leitor. 

3. (Enem) 
A partir da metade do século XX, ocorreu um conjunto de transformações econômicas e sociais cuja dimensão é difícil de ser mensurada: a chamada explosão da informação. Embora essa expressão tenha surgido no contexto da informação científica e tecnológica, seu significado, hoje, em um contexto mais geral, atinge proporções gigantescas. 
Por estabelecerem novas formas de pensamento e mesmo de lógica, a informática e a Internet vêm acelerando o processo de globalização tanto no sentido do mercado quanto no sentido das trocas simbólicas possíveis entre sociedades e culturas diferentes, o que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridização amplamente caracterizado como próprio da pós-modernidade. 

FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A contribuição das novas tecnologias da informação na geração de conhecimento. Disponível em: <http://www.coep.ufrj.br>. Acesso em: 11 ago. 2009. (Adaptado). 

Considerando-se o novo contexto social e econômico aludido no texto apresentado, as novas tecnologias de informação e comunicação 

a) desempenham importante papel, porque sem elas não seria possível registrar os acontecimentos históricos. 
b) facilitam os processos educacionais para ensino de tecnologia, mas não exercem influência nas ciências humanas. 
c) limitam-se a dar suporte aos meios de comunicação, facilitando sobretudo os trabalhos jornalísticos. 
d) contribuem para o desenvolvimento social, pois permitem o registro e a disseminação do conhecimento de forma mais democrática e interativa. 
e) estão em estágio experimental, particularmente na educação, área em que ainda não demonstraram potencial produtivo. 

4. (ESPM-SP) 
Em todos os provérbios abaixo há ideia de causalidade, exceto em: 

a) Onde há fumaça há fogo. 
b) Quem tudo quer tudo perde. 
c) Dize-me com quem andas e te direi quem és. 
d) Nem tanto ao mar nem tanto à terra. 
e) Quem sai na chuva é para se molhar. 

5. (UFPI-PI) 
A alternativa em que há uma relação de causa entre as orações é: 

a) A ciência é o meu emprego, como Itaguaí é o meu universo. 
b) D. Evarista não deu filhos a Bacamarte, como ele esperava. 
c) Nada era tão importante para o médico como o estudo da ciência. 
d) Como diziam as crônicas, Simão Bacamarte estudara em Coimbra e Pádua. 
e) Como D. Evarista era sadia, Simão Bacamarte acreditava que lhe desse filhos. 

6. (UFRN-RN) 
Embora um tapa e um espancamento sejam diferentes, o princípio que rege os dois tipos de atitude é exatamente o mesmo. 
O sentido da frase acima permanecerá inalterado, mesmo se substituirmos a conjunção embora pela locução conjuntiva 

a) contanto que.
b) desde que.
c) uma vez que. 
d) por mais que. 

7. (Fuvest-SP) 
A tua saudade corta 
como aço de navaia... 
O coração fica aflito 
Bate uma, a outra faia ... 
E os oio se enche d'água 
Que até a vista se atrapaia, ai, ai ... 

Fragmento de "Cuitelinho", canção folclórica. 

Nos dois primeiros versos há uma comparação. Reconstrua esses versos numa frase iniciada por "Assim como (...)". preservando os elementos comparados e o sentido da comparação. 

8. (ITA-SP) 
Escolha a alternativa que, completando a oração a seguir, apresenta a relação mais coerente entre as ideias. O coordenador do curso de Comunicação Social mencionou que,

a) à medida que muitos universitários saem para o mercado de trabalho. o Vale do Paraíba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. 
b) como muitos universitários saem para o mercado de trabalho, o Vale do Paraíba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. 
c) há muitos universitários saindo para o mercado de trabalho, de modo que o Vale do Paraíba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. 
d) muitos universitários saem para o mercado de trabalho; portanto, o Vale do Paraíba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. 
e) embora muitos universitários estejam saindo para o mercado de trabalho, o Vale do Paraíba tem potencial de absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. 

9. (ESPM-SP) 
A única frase correta recomendada pela norma culta no que se refere à regência verbal é: 

a) A população prefere ver a polícia na rua a ouvir falar em direitos humanos. 
b) Sempre me simpatizava com aqueles documentários sobre meio ambiente. 
c) A perda da folha de consumação implica uma multa de R$ 500.00. 
d) Custei a acreditar no que estava vendo. 
e) Aquela apresentadora de TV não está namorando com ninguém. 

10. (UA-AM) 
A frase em que não cabe preposição antes do pronome relativo é: 

a) É puro o ar a que aspiramos na mata virgem. 
b) Aprende a viver com pessoas de cujas ideias discordas. 
c) A moça a que me refiro é morena e esguia. 
d) Trágicas foram as cenas a que assistimos. 
e) O passeio de que mais gostei foi aquele a que meu padrinho me levou. 

11. (UA-AM) 
A frase em que é admissível alteração na colocação do pronome átono é: 

a) Quando lhe escrever, diga a ela de minha admiração por sua coragem. 
b) Haviam-no procurado por toda a cidade. 
c) Não se intrometa em maus negócios. 
d) Garantir-se-á sigilo absoluto. 
e) Hei de acostumar-me à nova situação. 

12 (UA-AM) 
A frase em que o a deveria levar acento grave (à), em face da ocorrência de crase é: 

a) Pede a Nossa Senhora que te proteja e que dê vida a teus pais. 
b) Sabe-se que a cidade do Rio de Janeiro está ligada à de Niterói por uma majestosa ponte de quatorze quilômetros. 
c) Embora sejamos livres, nossa liberdade não é absoluta: está sempre sujeita a restrições. 
d) Costuma-se dizer que quem tem boca vai a Roma. 
e) Exaustos, os viajantes chegaram a uma árvore frondosa, a cuja sombra descansaram. 

13. (FGV-SP) 
Os períodos abaixo estão alinhados sem ordem alguma. 
Organize-os em uma sequência lógica. Escreva, por meio dos números, a ordem em que eles devem dispor-se. 

1. Além disso, ainda há muitos lugares onde não há telefones. 
2. Nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, existe disponibilidade de acesso ilimitado à Internet por uma tarifa mensal, incluindo o telefone. 
3. No Japão, por exemplo, todos têm de pagar 10 ienes por três minutos online
4. A Internet pode ter um caráter mundial, mas em cada país há especificidades econômicas e sociais que podem facilitar ou limitar o acesso à rede. 
5. Na maioria dos países, no entanto, seu uso é cobrado por minuto. 
6. Por isso, em regiões da Rússia, da África ou da América Central, o acesso à Internet está fora de questão. 

Adaptado de ZEFF, Robbin. São Paulo: HSM 
Management, n. 17, ano 3, p. 127, nov./ dez. 1999. 

14. (PUC-SP) 
O trecho "...os dois permanecemos trancados durante toda a viagem que realizamos juntos,..." apresenta, quanto à concordância verbal. 

a) respectivamente, silepse ou concordância ideológica e indicação do sujeito pela flexão verbal. 
b) em ambos os casos, indicação do sujeito apenas pela flexão verbal. 
c) em ambos os casos, concordância ideológica ou silepse. 
d) respectivamente concordância ideológica e silepse. 
e) respectivamente, indicação do sujeito pela flexão verbal e silepse ou concordância ideológica. 

15. PUC-Campinas-SP) 
Considerando a norma culta, a frase totalmente correta quanto a concordância nominal e verbal é: 

a) As soluções de conflitos de ordem social são sempre adiados. 
b) Este é o tipo de sonho dos jovens que o empurram para situações perigosas. 
c) Procura-se detectar a região em que surgiram, em abril, os primeiros focos da doença. 
d) Ocorre, nessa época do ano, as mais fortes chuvas em nosso estado. 
e) Aqueles são os pronto-socorros em que vigora as orientações mais adequadas. 

16. (Enem) 
Texto I
O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair na "língua brasileira", refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e representa o idioma pátria? 

ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa
Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (Adaptado). 

Texto II
Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que reformular, e não tenho de reformular, pode-se colocar dois constituintes, e não podem-se colocar dois constituintes; e assim por diante. Isso foi feito de caso pensado, com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do padrão atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa época. 

REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. Gramática descritiva do português. São Paulo: Ática, 1996. 

Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos, conclui-se que 

a) ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de criticar a linguagem do brasileiro. 
b) os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o objetivo de ensinar as regras prescritivas da língua. 
c) a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que procuram justificar como é correto e aceitável o uso coloquial do idioma. 
d) o primeiro texto enaltece o padrão estrito da língua, ao passo que o segundo defende que a linguagem jornalística deve criar suas próprias regras gramaticais. 
e) o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o segundo defende uma adequação da língua escrita ao padrão atual brasileiro. 

17. (Enem) 
Se os tubarões fossem homens 

Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos? 
Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. 
Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência. 
Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói. 

BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Editora 34, 2006 (Adaptado). 

Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados diretamente no texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em contradição com as convenções sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio da hipótese apresentada, o autor 

a) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão existentes na sociedade. 
b) revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo homem ocidental. 
c) defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da sociedade moderna. 
d) questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveram fundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos. 
e) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais fracos, de modo a guiá-los na realização de tarefas. 

(Fuvest-SP) Texto para as questões 18 a 20. 

Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chua-áa! Chu-áa... - ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cachos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim e sossego... nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulho como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora. Assim. 

João Guimarães Rosa, O burrinho pedrês, Sagarana

18. Em trecho anterior do mesmo conto, o narrador chama Sete-de-Ouros de "sábio". No excerto, a sabedoria do burrinho consiste, principalmente, em 

a) procurar adaptar-se o melhor possível às forças adversas, que busca utilizar em benefício próprio. 
b) firmar um pacto com as potências mágicas que se ocultam atrás das aparências do mundo natural. 
c) combater frontalmente e sem concessões as atitudes dos homens, que considera confusas e desarrazoadas. 
d) ignorar os perigos que o mundo apresenta, agindo como se eles não existissem. 
e) escolher a inação e a inércia, confiando inteiramente seu destino às forças do puro acaso e da sorte. 

19. Quando nos apresentam os homens vistos pelos olhos dos animais, as narrativas em que aparecem o burrinho pedrês, do conto homônimo (Sagarana), os bois de"Conversa de bois" (Sagarana) e a cachorra Baleia (Vidas secas) produzem um efeito de: 

a) indignação, uma vez que cada um desses animais é morto por algozes humanos. 
b) infantilização, uma vez que esses animais pensantes são exclusivos da literatura infantil. 
c) maravilhamento, na medida em que os respectivos narradores servem-se de sortilégios e de magia para penetrar na mente desses animais. 
d) estranhamento, pois nos fazem enxergar de um ponto de vista inusitado o que antes parecia natural e familiar. 
e) inverossimilhança, pois não conseguem dar credibilidade a esses animais dotados de interioridade. 

20. Como exemplos da expressividade sonora presente neste excerto, podemos citar a onomatopeia, em "Chu-áa! Chu-áa ... ", e a fusão de onomatopeia com aliteração, em: 

a) "vestindo água".
b) "ruge o rio".
c) "poço doido". 
d) "filho do fundo". 
e) "fora de hora" 

21. No texto, a sequência temporal é estabelecida principalmente pelas expressões: 

a) "Há 1,5 milhão de anos"; "recentemente"; "anteriormente". 
b) "ancestrais"; "moderno"; "proximidades". 
e) "quando atravessaram"; "norte do Quênia"; "houve outras descobertas".
d) "marcas recém-descobertas"; "em 1978"; "descobertas arqueológicas" . 
e) "descobriu"; "mostrou"; "acreditam". 

22. No trecho "semelhante à de macacos", fica subentendida uma palavra já empregada na mesma frase. Um recurso linguístico desse tipo também está presente no trecho assinalado em: 

a) A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo às futuras gerações. 
b) Recorrer à exploração da miséria humana, infelizmente, está longe de ser um novo ingrediente no cardápio da tevê aberta à moda antiga. 
e) Ainda há quem julgue que os recursos que a natureza oferece à humanidade são, de certo modo, inesgotáveis. 
d) A prática do patrimonialismo acaba nos levando à cultura da tolerância à corrupção
e) Já está provado que a concentração de poluentes em área para não fumantes é muito superior à recomendada pela OMS". 

23. (Fuvest-SP) 
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem 
Uma quentura, um querer bem, um bem 
Um "libertas quae será tamen"* 
Que um dia traduzi num exame escrito: 
"Liberta que serás também" 
E repito! 

Vinícius de Moraes, "Pátria minha", Antologia poética. 

* A frase em latim traduz-se, comumente, por "liberdade ainda que tardia". 

Considere as seguintes afirmações: 
I. O diálogo com outros textos (intertextualidade) é procedimento central na composição da estrofe. 
II. O espírito de contradição manifesto nos versos indica que o amor da pátria que eles expressam não é oficial nem conformista. 
III. O apego do eu lírico à tradição da poesia clássica patenteia-se na escolha de um verso latino como núcleo da estrofe. 

Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III 

24. (Fuvest-SP) 
Em qual destas frases a vírgula foi empregada para marcar a omissão do verbo? 

a) Ter um apartamento no térreo é ter as vantagens de uma casa, além de poder desfrutar de um jardim. 
b) Compre sem susto: a loja é virtual; os direitos, reais. 
c) Para quem não conhece o mercado financeiro, procuramos usar uma linguagem livre do economês. 
d) A sensação é de estar perdido: você não vai encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver a natureza intocada. 
e) Esta é a informação mais importante para a preservação da água: sabendo usar, não vai faltar. 

25. (Fuvest-SP) 
A única frase que segue as normas da língua escrita padrão é: 

a) A janela propiciava uma vista para cuja beleza muito contribuía a mata no alto do morro. 
b) Em pouco tempo e gratuitamente, prepare-se para a universidade que você se inscreveu. 
c) Apesar do rigor da disciplina, militares se mobilizam no sentido de voltar a cujos postos estavam antes de se licenciarem. 
d) Sem pretender passar por herói, aproveito para contar coisas as quais fui testemunha nos idos de 1968 e que hoje tanto se fala. 
e) Sem muito sacrifício, adotou um modo de vida a qual o permitia fazer o regime recomendado pelo médico. 


Gabarito:
1C | 2A | 3D | 4D | 5E | 6D | 8E | 9A | 10A | 11E | 12B | 14A | 15C | 16E | 17D | 18A |19D | 20B | 21A | 22E | 23C | 24B | 25A
Resposta questão 7: Assim como o aço de navaia a tua saudade corta.
Resposta questão 13: 4-2-5-3-1-6