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1. O fragmento a seguir apresenta uma fala de D. Antônio de Mariz. Assinale a alternativa correta em relação ao trecho.
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[...] É para mim uma das coisas mais admiráveis que tenho visto nesta terra, o caráter desse índio. Desde o primeiro dia que aqui entrou, salvando minha filha, a sua vida tem sido um só ato de abnegação e heroísmo. Crede-me, Álvaro, é um cavaleiro português no corpo de um selvagem! [...]
José de Alencar. O guarani. São Paulo: Ateliê Editorial, 1999, p. 102.
a) A fala revela o caráter prepotente e arrogante de D. Antônio de Mariz, que se vangloria por reconhecer em Peri comportamentos próprios da cultura branca.
b) D. Antônio de Mariz idealiza Peri, considerando-o abnegado e heroico.
c) A fala de Antônio de Mariz traduz a ideologia romântica de enaltecer o índio apenas pela submissão ao branco europeu.
d) Ressalta-se na fala de D. Antônio de Mariz a ideia de que a perfeita essência moral sobrepõe-se à aparência selvagem de Peri e determina a convivência harmoniosa entre o branco e o indígena.
e) D. Antônio de Mariz ilude-se com o comportamento de Peri, pois, na verdade, o índio apenas se mostra abnegado e heroico com a intenção de permanecer ao lado de Ceci.
2. Leia a afirmação do escritor José de Alencar em Como e por que sou romancista.
"Em O guarani, o selvagem é um ideal, que o escritor intenta poetizar, despindo-o da crosta grosseira de que o envolveram os cronistas, e arrancando-o ao ridículo que sobre ele projetam os restos embrutecidos da quase extinta raça. "
I. Os primitivos que não assimilam a cultura branca conservam a "crosta grosseira" e devem ser extintos para que se impeça a expansão da barbárie.
II. O selvagem que permanece com "crosta grosseira" é representado, na obra, pela tribo aimoré que ataca o solar de D. Antônio de Mariz: esses índios são violentos, antropófagos e inimigos dos brancos.
III. O selvagem a que se refere o autor é Peri, já que é ele o herói poetizado, idealizado, que transita com elegância e adequação entre os civilizados.
Estão corretas:
a) somente as afirmações I e II.
b) somente as afirmações I e III.
c) somente as afirmações II e III.
d) somente a afirmação II.
e) somente a afirmação I.
3. Os dois trechos que seguem são de O guarani, de José de Alencar. Leia-os e indique a alternativa correta.
[...] o fidalgo com a sua lealdade e cavalheirismo apreciava o caráter de Peri, e via nele, embora selvagem, um homem de sentimentos nobres e de alma grande. [...]
[...] Na vida selvagem, tão próxima da natureza, onde a conveniência e os costumes não reprimem os movimentos do coração, o sentimento é uma flor que nasce como a flor do campo e cresce em algumas horas com uma gota de orvalho e um raio de sol. [...]
José de Alencar O guarani. São Paulo: FTD, 1999, pp. 101 e 332.
a) Os fragmentos permitem afirmar que o intuito de consagrar a paisagem nacional e de exaltar o povo brasileiro obrigou que em O guarani a civilização e a cultura europeias fossem desvalorizadas.
b) Por ser uma obra cujo objetivo é o de resgatar a origem mítica da nação brasileira, O guarani não enfatiza no enredo as questões emocionais e amorosas.
c) O herói Peri constitui um símbolo nacional porque, com paciência, dedicação e astúcia, resiste à dominação branca e preserva, no final da narrativa, sua superioridade "selvagem", seja no plano físico, seja no plano emocional, conforme indicam os dois fragmentos.
d) A indicação de que a vida selvagem é superior é completamente desmentida em outros momentos da obra, em que a vida selvagem é recriminada e o próprio Peri prefere se transformar em um civilizado.
e) Sob a inspiração das teses do "bom selvagem", de Rousseau, O guarani pretende louvar as virtudes do primitivo, mas não poderia apresentar como proposta a substituição da cultura branca, nem indicar a vida "tão próxima à natureza" como modelo de futuro para a jovem nação brasileira.
4. Leia um trecho do romance Iracema, de José de Alencar, e identifique a alternativa incorreta em relação a esse trecho.
[...] Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas. [...]
Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora.
Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem.
A lufada intermitente traz da praia um eco vibrante, que ressoa entre o marulho das vagas:
- Iracema! [...]
José de Alencar. Iracema. São Paulo: FTD, 1991, p. 19.
a) Os três parágrafos são tão melodiosos e ritmados que poderiam ser escritos em versos de seis ou sete sílabas: como "Verdes mares bravios / de minha terra natal".
b) Os detalhes descritivos, a sugestão de movimento, de cor, luz e sons criam um cenário de extrema beleza, violado pelo branco europeu, que, sossegadamente, abandona a índia Iracema.
c) Os três primeiros parágrafos constituem um canto melodioso que pede às águas do mar que levem em segurança Martim, o filho de Iracema e o cão Japi.
d) A descrição detalhada da beleza da terra brasileira contrasta com a atmosfera de tristeza que domina a cena da partida de Martim.
e) As imagens criadas pelo autor traduzem uma paisagem luminosa, colorida, que se assemelha a um paraíso terrestre.
5. Considere as seguintes afirmações sobre a obra de José de Alencar.
I. Em Iracema, narram-se as aventuras e desventuras de Martim Francisco, português, e Iracema, a indígena dos lábios de mel, casal que simboliza a união dos dois povos nas matas brasileiras inexploradas.
II. Em Senhora, Aurélia herda uma fortuna que a salva da pobreza e lhe permite comprar um marido, Seixas, de quem já fora namorada e com quem manterá um casamento perturbado por conflitos e acusações mútuas.
III. Em O guarani, as aventuras de Peri, bravo guerreiro indígena, são norteadas pela necessidade de servir e proteger a jovem virgem loira Ceci, cuja integridade física é ameaçada por malfeitores e indígenas perigosos.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III
6. Considere os dois fragmentos extraídos de Iracema, de José de Alencar.
I. "Onde vai a afouta jangada que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano? Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem."
II. "O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel. A jandaia não quis deixar a terra onde repousava sua amiga e senhora. O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?"
Ambos apresentam índices do que poderia ter acontecido no enredo do romance, já que constituem o começo e o fim da narrativa de Alencar. Desse modo, é possível presumir que o enredo apresenta
a) o relacionamento amoroso de Iracema e Martim, a índia e o branco, de cuja união nasceu Moacir, e que alegoriza o processo de conquista e colonização do Brasil.
b) as guerras entre as tribos tabajara e pitiguara pela conquista e preservação do território brasileiro contra o invasor estrangeiro.
c) o rapto de Iracema pelo branco português Martim como forma de enfraquecer os adversários e levar a um pacto entre o branco colonizador e o selvagem dono da terra.
d) a vingança de Martim, desbaratando o povo de Iracema, por ter sido flechado pela índia dos lábios de mel em plena floresta e ter-se tornado prisioneiro de sua tribo.
e) a morte de Iracema, após o nascimento de Moacir, e seu sepultamento junto a uma carnaúba, na fronde da qual canta ainda a jandaia. Iracema
7. Leia o trecho a seguir de Iracema, de José de Alencar.
"O Pajé falou grave e lento:
- Se a virgem abandonou ao guerreiro branco a flor de seu corpo, ela morrerá; mas o hóspede de Tupã é sagrado; ninguém o ofenderá; Araquém o protege.
Considere as afirmações a respeito do trecho.
I. Para o Pajé, a perda da virgindade de Iracema deve ser castigada com a morte da jovem índia apaixonada.
II. O fato de o guerreiro branco ter desvirginado a vestal Iracema não acarreta castigo ao estrangeiro, pois o Pajé exige que sua tribo seja submissa a qualquer estrangeiro.
III. O Pajé reprova o comportamento de Iracema, pois esta deveria manter-se virgem, já que guardava o segredo da jurema, bebida utilizada em certos rituais sagrados de sua tribo.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I.
b) II .
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
8. Os dois trechos que seguem são de O guarani, de José de Alencar. Leia-os e indique a alternativa correta.
"Na vida selvagem, tão próxima da natureza, onde a conveniência e os costumes não reprimem os movimentos do coração, o sentimento é uma flor que nasce como a flor do campo e cresce em algumas horas com uma gota de orvalho e um raio de sol. "
"[...] o fidalgo com a sua lealdade e o cavalheirismo apreciava o caráter de Peri, e via nele, embora selvagem, um homem de sentimentos nobres e de alma grande."
a) Os fragmentos permitem afirmar que o intuito de consagrar a paisagem nacional e de exaltar o povo brasileiro obrigou que em O guarani a civilização e a cultura europeias fossem desvalorizadas.
b) Por ser uma obra cujo objetivo é o de resgatar a origem mítica da nação brasileira, O guarani não enfatiza no enredo as questões emocionais e amorosas.
c) O herói Peri constitui um símbolo nacional porque, com paciência, dedicação e astúcia, resiste à dominação branca e preserva, ao final da narrativa, sua superioridade "selvagem", seja no plano físico, seja no plano emocional, conforme indicam os dois fragmentos.
d) Sob a inspiração das teses do "bom selvagem", de Rousseau, O guarani pretende louvar as virtudes do primitivo, mas não poderia apresentar como proposta a substituição da cultura branca, nem indicar a vida "tão próxima à natureza" como modelo de futuro para a jovem nação brasileira.
e) A indicação de que a vida selvagem é superior é completamente desmentida em outros momentos da obra, em que a vida selvagem é recriminada e o próprio Peri prefere se transformar em um civilizado.
9. Ao final da narrativa, Ceci decide permanecer na selva com Peri: "- Peri não pode viver junto de sua irmã na cidade dos brancos, sua irmã fica com ele no deserto, no meio da floresta." A decisão de Ceci traduz:
I. a supremacia da cultura indígena sobre a branca europeia.
II. a integração da civilização branca europeia e da cultura natural indígena.
III. a incapacidade de Peri de adaptar-se à cidade e a submissão da mulher aos desejos do amado.
Está correto somente o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) II e III.
e) I,II,III.