18 de setembro de 2019

Ensino médio - texto pequeno para interpretação


Por que a ida é sempre mais demorada que a volta?


Essa sensação acontece com todo mundo que viaja – desde que tenham sido feitos trajetos idênticos, na mesma velocidade, em sentidos opostos. Isso porque o nosso cronômetro interno não funciona com perfeita regularidade e muitas vezes engana a noção de tempo. As estruturas neurais que controlam a percepção temporal estão localizadas na mesma área do cérebro que comanda a nossa concentração.
Isso significa que, se a maior parte dessa área estiver voltada a prestar atenção no caminho, nas placas e na paisagem, não conseguimos nos concentrar no controle de tempo. E aí não saberemos quanto tempo, de fato, a viagem levou. Na ida, a descoberta de novos lugares influi na percepção de distância, e achamos que estamos demorando mais. Nossa preocupação é: “Quando vamos chegar?” Na volta, com o caminho já conhecido, a concentração se dispersa e a percepção de tempo é alterada para menos, dando a impressão que o trajeto passou mais depressa.

Rafael Tonon

Fonte: Revista Superinteressante - Edição 241 - Julho de 2007, pág. 50.

O texto acima permite concluir que a sensação de que a ida é sempre mais demorada que a volta, se deve:
a) À distância existente entre o ponto de saída e o ponto de chegada.
b) Ao tempo gasto no trajeto.
c) À concentração que não se situa na mesma área cerebral da percepção de tempo.
d) Ao funcionamento irregular do “cronômetro interno” dos seres humanos.