1 de agosto de 2019

Texto de opinião Lya Luft (gabarito)


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1.
a) Pessoal. Sugestão: É possível que a autora tenha abordado, em outros textos, problemas relacionados aos jovens, e sua postura pode ter sido mal compreendida. 
b) Ela considera os adultos (pais, professores e autoridades) responsáveis pela situação difícil em que vivem os jovens na sociedade atual, sem bons lideres e modelos a serem seguidos. 

2.
a) Talvez porque as pessoas acreditem que há valores mais importantes a conquistar, como nos faz crer a sociedade moderna, do que desfrutar mais tempo do amor familiar e da alegria com os amigos. 
b) A autora faz uma pergunta longa, questionando o papel que os adultos desempenham na vida dos jovens: "Quem são, quem podem ser, os ídolos desses jovens, e que possibilidades lhes oferecemos?". Depois disso, com duas perguntas curtas, indaga se a atitude dos jovens que se reúnem em tribos é errada: "Negativa? Censurável?". Por fim, conclui que a tribo é necessária para a maioria dos jovens, pois "é onde se sentem acolhidos, abrigados, aceitos". 

3. No segundo parágrafo, ela critica a atitude dos adultos e a si própria pelos valores errados que são passados aos Jovens. E, no terceiro parágrafo, dá continuidade a essa crítica, ao censurar o comportamento de certos pais que negligenciam a educação dos filhos, levando a juventude ao refúgio das tribos. Mostrando-se solidária e compreensiva, a autora justifica a atitude dos jovens, que não têm modelos adequados para seguir. 

4.
a) Segundo ela, apesar da atitude negligente de certas famílias e escolas e da falta de responsabilidade de algumas autoridades em relação a juventude, há muitas pessoas comprometidas com suas obrigações, que acolhem os jovens e os orientam. 
b) Ao expor a situação adversa a ser enfrentada pelos jovens na sociedade atual, tanto na conquista de seus ideais quanto no acesso ao mercado de trabalho. Essa menção das dificuldades a serem enfrentadas por eles pode ser entendida como uma atitude de solidariedade. Em outros pontos do texto, ela também deixa clara essa atitude: "Tenho muita empatia com a juventude". 

5. Há continuidade tópica, já que, no quarto parágrafo, a autora volta ao tema ou tópico do parágrafo anterior, mantendo a crítica aos adultos, mas acrescentando novas informações, com a ressalva de que há pessoas mais velhas que constituem exemplos para a Juventude. No quinto parágrafo, ela continua a defender os jovens, justificando a atitude de onipotência deles como um instrumento para enfrentar o mundo nessa fase da vida. 

6. Ao reafirmar que não tem uma visão negativa da juventude e declarar que os adultos são os grandes responsáveis pelo mundo problemático que estão legando aos jovens. 

7. 
a) O texto foi construído na l' pessoa, o que dá um sentido subjetivo ao conteúdo, tornando-o mais pessoal: "Fiquei surpresa"; "em meus textos falo dos jovens"; "Sinto muito: essa, mais uma vez, não sou eu". Espera-se que o aluno perceba que, nesse caso, o uso da 1 a pessoa é possível porque o texto foi produzido para uma coluna assinada pela autora, que goza de certa reputação e credibilidade. Os leitores da revista esperam a opinião pessoal dela e não a de outro autor. 
b) Sim, quando a autora diz que se surpreendeu com as palavras da entrevistadora: "Fiquei surpresa". Ou quando parece se exaltar: "supostos líderes, muitos deles a gente nem receberia em casa. O que resta?". Ou ainda, quando se mostra triste: "é de nós que estou, melancolicamente, falando". 
c) Adjetivos: bobos, desimportantes, incapazes, assustadas. Frases: "Tenho muita empatia com a juventude, exposta a tanto descalabro"; "Quem são, quem podem ser, os ídolos desses jovens, e que possibilidades lhes oferecemos?"; "Quero deixar claro"; "Tenho sete netos e netas". 
d) Espera-se que o aluno perceba que a maior subjetividade do texto não comprometeu a consistência da argumentação, pois a autora se baseou em fatos concretos, como o comportamento dos jovens e de seus pais, ou dos adultos em geral, para fundamentar a argumentação.