1 de outubro de 2019

Colocação pronominal - exercícios contextualizados (gabarito)

a) Porque Susanita antecipa o fim da piada de Filipe, estragando seu prazer em contá-la. 
b) Apesar da reação raivosa de Filipe, Susanita não percebeu que se tratava, sim, da mesma piada. 
c) "Me contaram [...]". 
d) Não. De acordo com a gramática normativa, não se inicia período com pronome oblíquo átono. 
e) A tira retrata uma situação real de uso da língua, informal e oral, em que os falantes dão referência à próclise no início da oração. 

2. 
a) Os indivíduos que têm prazer em contar sobre sua vida privada a outro passageiro do bonde. 
b) Poderiam tornar, desde que os passageiros compreendessem o tom irônico do autor, que não defende, de fato, que eles batam uns nos outros, mas espera que os típicos "amoladores" evitem fazer longas confidências aos companheiros de trajeto. 
c) Perguntar-lhe-á. Mesóclise. 
d) Não. Segundo essa norma, o verbo no futuro do presente ou do pretérito em início de período levaria o pronome oblíquo átono à posição mesoclítica. 
e) Respectivamente, a pontapés e narração. 
f) O pronome poderia vir na posição proclítica em relação ao verbo auxiliar ou ao principal: "o proponente a deve fazer"; "o proponente deve a fazer". 

3. 
a) O uso constante dessa construção; é eufônico, segundo ele, o que é habitual, costumeiro, geral. 
b) Consequência. 
c) Trecho que comprovaria resposta: "O uso [...] é que torna eufônica, ou não, determinada incidência tônica: a agradabilidade do som e a suavidade da pronúncia são decorrência natural do hábito". 
Trecho que contradiria resposta: "A causa, o móvel, o eixo, o princípio fundamental. que explica a diversidade de posição, na frase, do pronome oblíquo, é tão só, única e exclusivamente um: a eufonia [...]". 
d) O autor provavelmente considera erradas as construções com pronome oblíquo átono que não correspondem à norma-padrão. 
e) São consideradas como usos efetivos e sistemáticos da língua em dadas variedades linguísticas. 
f) A construção assim denominada é repetida pelos falantes, torna-se familiar, e, acostumados a ela, os falantes não a veem como problemática, mas como natural. 
g) O autor vê esse fenômeno como algo reprovável, que deve ser combatido. Isso pode ser comprovado pela sugestão de realizar exercícios sistemáticos de repetição da norma-padrão, como se realizariam exercícios para a "correção" da coluna. 
h) Em comunidades diferentes de falantes - por exemplo. Brasil e Portugal -. há avaliações diferentes a respeito do que soa bem quanto à posição do pronome átono. Assim. haveria regras variadas (dependendo da comunidade de falantes) para sua colocação em relação ao verbo. O critério para julgar uma construção eufônica ou não é mutável.

4. A conjunção se atrai o pronome me para antes do verbo na construção proclítica ("Se tu me amas,[...] ") ; o verbo aparece após pausa representada pela vírgula e não há fator de próclise na construção enclítica ("[...] ama-me baixinho"). 

5. 
a) Que ela o ame sem fazer alarde de seu amor. que seja discreta. comedida. 
b) O amor que a interlocutora do eu lírico sente por ele: "Não grites o seu amor de cima dos telhados". O fator de próclise consiste na presença de advérbio (não) antes do verbo. 

6. 
a) O bilhete é um gênero caracterizado pela brevidade. Para o eu lírico. a vida e o amor são breves como um bilhete. 
b) Baixinho. não o grites. passarinhos. devagarinho. breve. 
c) Os seis primeiros versos vão sofrendo um encurtamento, que se pode constatar visualmente, até chegar ao verso constituído por uma única palavra (enfim). Essa diminuição progressiva reitera a brevidade da vida e do amor. 
d) "Se tu me amas. ama-me baixinho/ não o grites de cima dos telhados/ Deixa em paz os passarinhos/ Deixa-me em paz! / Se queres a mim, / enfim [...]". A inversão não produziria o mesmo efeito de encurtamento gradual, porque resultaria em versos de outras extensões. Além disso, a sonoridade do poema se alteraria.