4 de abril de 2020

Classes de palavras - Interpretação de texto 6ºano Albert Einstein e as fronteiras da física


Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 11.

Não há evidências de que, nos anos que passou em Munique, Einstein tenha impressionado seus professores com algum talento especial. Muitos dos grandes físicos teóricos exibiam habilidades extraordinárias — geralmente em matemática — desde muito jovens, seja aprendendo cálculo antes da adolescência ou demonstrando uma aptidão excepcional para a aritmética mental. Mas Einstein parece não ter feito nada disso. Na verdade, a impressão que ele deixou nos seus primeiros professores foi a de ser uma criança dispersa, desprovida de um futuro especialmente promissor. Mesmo assim, segundo o próprio Einstein, suas memórias mais fortes e antigas ligadas à ciência são desse período. Ele nunca escreveu uma autobiografia, como fazem hoje muitos cientistas, que nos contam sobre seus casamentos, filhos — até mesmo seus casos amorosos — e, às vezes, sobre seu trabalho científico. Embora tenha sido casado duas vezes, tido dois filhos [...], Einstein devia acreditar fortemente que isso só dizia respeito a ele. Tanto que, quando escreveu um ensaio autobiográfico, aos 67 anos de idade, não incluiu praticamente nada sobre sua vida pessoal. [...] O ensaio é quase todo dedicado às origens de suas ideias científicas. É por meio dessa “autobiografia” que ficamos sabendo como a ciência entrou na vida dele. 
Em seu ensaio, Einstein nos fala sobre duas lembranças da infância muito distintas e específicas. Elas estão fortemente ligadas ao tipo de ciência que ele iria praticar mais tarde. Ele descreve o fascínio que esses fatos exerceram sobre ele. “Fascínio” é uma palavra muito importante aqui. Ficamos fascinados pelas coisas que observamos na natureza que nos cerca. O que mantém as nuvens no céu? Por que existem as estações do ano? O que faz a água ferver, as plantas verdes ou o céu azul? Os cientistas se diferenciam das outras pessoas por não suportarem não saber as respostas para perguntas como essas. São capazes de passar uma noite — ou mesmo várias — em claro até que a pergunta seja respondida. Einstein levava esse sentimento tão a sério que se referia a ele como “um voo a partir da fascinação”. É como se o cientista tivesse de fugir do fascínio — a sensação de não entender uma coisa —, um sentimento que para ele era desagradável e aterrorizante, e só podia ser aliviado pela busca da compreensão.

Jeremy Bernstein. Albert Einstein e as fronteiras da física. Trad. André Czarnobai. São Paulo: Claro Enigma, 2013. p. 18-19. (Fragmento). 

1. De acordo com o texto, o que Einstein parece ter feito de forma diferente do que alguns de seus colegas?

2. O autor do texto defende a ideia de que, para Einstein, sua vida particular não importava para as outras pessoas. O que fez com que o autor acreditasse nessa ideia?

3. A palavra ensaio que aparece no início do segundo parágrafo foi empregada no texto com o sentido de:
a) Experimento científico.
b) Treino para apresentação artística.
c) Texto em prosa sobre um determinado tema.
d) História para crianças.

4. De acordo com o texto, por que fascínio é uma palavra importante nesse contexto?
a) Porque a vida de Einstein exerce sobre todos um grande fascínio.
b) Porque sentimos fascínio pela natureza e esse sentimento nos leva a querer saber sobre ela.
c) Porque o fascínio atrapalha os cientistas.
d) Porque Einstein fugiu do fascínio.
5. Que sensação o cientista considera desagradável e aterrorizante?

6. Com que finalidade foi escrito esse texto?

7. Identifique a quem ou a que os pronomes em destaque no trecho abaixo se referem.

“O ensaio é quase todo dedicado às origens de suas ideias científicas. É por meio dessa ‘autobiografia’ que ficamos sabendo como a ciência entrou na vida dele.”

8. A palavra fascínio e a expressão um voo a partir da fascinação aparecem entre aspas no texto. Por quê?
a) Porque o autor deseja destacar a importância dessas palavras no contexto.
b) Porque são palavras de origem estrangeira.
c) Porque foram escritas de forma incorreta.
d) Porque estão sendo usadas com sentido diferente do habitual.
9. Releia o trecho a seguir e responda à questão.

Os cientistas se diferenciam das outras pessoas por não suportarem não saber as respostas para perguntas como essas. São capazes de passar uma noite — ou mesmo várias — em claro até que a pergunta seja respondida. Einstein levava esse sentimento tão a sério que se referia a ele como “um voo a partir da fascinação”.

Por que os primeiros verbos em destaque estão no presente e os últimos estão no passado?

10. A que classes de palavras pertencem os termos em destaque? Assinale a alternativa correta.

É como se o cientista tivesse de fugir do fascínio — a sensação de não entender uma coisa —, um sentimento que para ele era desagradável e aterrorizante, e só podia ser aliviado pela busca da compreensão.

a) Adjetivo, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo, adjetivo, adjetivo, substantivo, substantivo.
b) Substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo, adjetivo, adjetivo, adjetivo, substantivo, substantivo.
c) Adjetivo, adjetivo, adjetivo, substantivo, substantivo, substantivo, adjetivo, substantivo, substantivo.
d) Substantivo, substantivo, substantivo, substantivo, adjetivo, adjetivo, adjetivo, substantivo, substantivo.

11. No período a seguir, há duas orações. Quais são elas?

“São capazes de passar uma noite [...] em claro até que a pergunta seja respondida.”