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1. Identifique as figuras de linguagem presentes nos versos abaixo.
a)
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
MORAES, Vinicius de. Antologia poética. São Paulo: Círculo do Livro, 1985. p. 124.
b)
Bom dia, poetas velhos
Me deixem na boca
o gosto de versos
mais fortes que não farei.
[...]
LEMINSKI, Paulo. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2001. p. 33.
2. Grife as frases em que há a figura de linguagem ironia.
a) O jogo foi ótimo: perdemos de 3 a 0.
b) A multidão gritava enraivecida para que abrissem os portões.
c) Que bela lição de cidadania: parar o carro em lugar proibido!
d) A criança sorria de felicidade com o presente que ganhou de aniversário.
3. Leia o soneto abaixo e identifique a figura de linguagem paradoxo.
Soneto
Nelson Ascher
Fiz o que não devia,
o que devia, não;
compus uma canção
sem letra ou melodia.
À meia-noite ardia
meu sol que, sem razão,
legara de antemão
trevas ao meio-dia.
E enquanto lia tudo
que não dizia nada,
ouvindo na calada
da noite um eco mudo,
pensava, sobretudo,
que pouco sobrenada
ASCHER, Nelson. O sonho da razão. São Paulo: Editora 34, 1993. p. 39.
