16 de março de 2024

Notícia - Ensino médio - Pobreza menstrual - Leitura, discussão, análise crítica, produção de texto, campanha, reflexão e produto final

Tema da aula: Pobreza menstrual em Campinas: reflexões e ações

Objetivo: Analisar a problemática da pobreza menstrual em Campinas (SP) com base na notícia e refletir sobre possíveis soluções e ações para enfrentar esse desafio social.

1. Leitura e compreensão da notícia:

  • Leia com atenção a notícia sobre a pobreza menstrual em Campinas.
  • Faça anotações sobre os principais dados apresentados, como o número de meninas afetadas, as causas e os impactos da falta de acesso a itens de higiene menstrual.

Pobreza menstrual: 1 em cada 4 meninas de até 19 anos em Campinas relata falta de acesso a itens de higiene, diz estudo inédito

Pesquisa ainda mostra que cerca de 2 mil jovens deixaram de frequentar a escola pelo problema. Secretaria reconheceu que o dado chama a atenção e falou sobre a necessidade de políticas públicas mais eficientes. Campanha arrecada absorventes.

Por Hidaiana Rosa e Talita Nonato, EPTV 1
02/03/2023 12h23  Atualizado há um ano

Um levantamento realizado pelo Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, apontou que uma em cada quatro meninas de 10 a 19 anos de Campinas (SP) não possui acesso a itens de higiene menstrual. É a primeira vez que um estudo como esse é realizado na metrópole.
Durante a pesquisa, foram ouvidas 79.036 jovens dessa faixa etária, e 19.759 delas relataram que convivem com o problema. Ou seja, exatos 25% do total. Como agravante, o balanço ainda mostra que cerca de 2 mil deixaram de frequentar a escola por não terem absorvente.
Vandecleya Moro, secretária de Assistência Social, reconheceu que o dado chama a atenção. Para ela, o retrato expõe a necessidade de políticas públicas mais eficientes sobre o tema.
"É um dado que chama a atenção, e chama a atenção para que tenhamos políticas públicas que atinjam essa população. Muitas famílias que não passavam por situação de vulnerabilidade por privações, passaram a passar. E essas famílias que não têm acesso a alimento também deixam de ter acesso a produtos de higiene.”

Personificação do problema
Sem se identificar, uma moradora relatou à EPTV, afiliada da TV Globo, que não tem condições de comprar os itens básicos de higiene para ela e nem para a filha de 13 anos.
"Não tem como. É muito difícil, tem que ter um 'rebolado' porque é muito difícil mesmo. Não é todo mês que você tem para comprar, nem absorvente, nem xampu, nem condicionador. Nem dividindo, não tem como."
O problema leva mulheres a passarem por situações constrangedoras, como conta Débora.
"Já cheguei a entrar em uma farmácia e pedir. Falei: 'moça, aconteceu um acidente, e não tenho dinheiro'. A moça falou: 'vou te ajudar, coloco aqui do meu bolso no caixa'. Já cheguei a fazer isso. Antigamente, a gente usava um paninho e jogava fora. Mas é triste."

O que será feito?
Como forma de tentar amenizar as dificuldades das famílias carentes, o Ceamo iniciou uma campanha de arrecadação de absorventes no Campinas Shopping (veja abaixo as informações).
A arrecadação teve início nesta quinta-feira (2) e segue até o final de março, que é o mês dedicado às mulheres.
Além disso, a Secretaria de Assistência Social também pretende promover, junto ao Ceamo, um incentivo para que as mães conversem com as filhas sobre o problema.
"Porque, de fato, infelizmente, muitas mulheres não conversam com suas filhas, muitas famílias não tratam desse assunto, e a mulher, a menina não entende o que está acontecendo e também não reproduz isso, não conversa com outras pessoas", afirma a secretária.

Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2023/03/02/ 

Gabarito e arquivo para editar sem logo